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Pneumovírus aviário: Sintomatologia clínica e a proteção vacinal

  • Foto do escritor: Camila Costa
    Camila Costa
  • 12 de jun.
  • 3 min de leitura

As enfermidades respiratórias, presentes na avicultura industrial, são comuns de serem encontradas em granjas onde a densidade populacional é alta e há prevalência de múltiplas idades. Dentre elas, destaca-se o Metapneumovírus aviário (aMPV), considerado um agente endêmico no Brasil, no entanto bem controlado em granjas com um programa vacinal robusto, que contemple vacinas vivas e inativadas.


Conhecida como Síndrome da cabeça inchada (SHS) ou rinotraqueíte dos perus (TRT), a enfermidade está associada principalmente à sinais clínicos no trato respiratório superior, devido ao aMPV ter tropismo pelas células epiteliais ciliadas da cavidade nasal e traqueia, conforme citado por Jones, R. C. (1996). Em casos clínicos no campo, observa-se aves com dificuldade de eliminação de muco e exsudato inflamatório dos seios infraorbitários ocasionando “cabeça inchada”, secreção nasal, conjuntivite, otite com perda da propriocepção e salpingite, conforme as fotos abaixo:



Fonte: Acervo Inata


Apesar de ser uma enfermidade conhecida pela sintomatologia respiratória, há relatos na literatura de acometimento do oviduto com queda de produção e alteração na qualidade de casca e coloração, devido ao acometimento da região do epitélio glandular. Em surtos de Pneumovírus, observam-se aves com salpingite e peritonite por ovopostura, associada à agentes secundários como E.coli e Gallibacterium anatis.


O diagnóstico no campo geralmente é baseado na sintomatologia clínica e sorologia, visto que são poucos os laboratórios que trabalham com isolamento viral do aMPV. As análises sorológicas, como o ELISA e a Soroneutralização (SN), constituem ferramentas importantes para monitorar a circulação do metapneumovírus aviário em campo, bem como para avaliar a resposta imunológica pós-vacinal. Dentre eles, a SN destaca-se por sua maior especificidade, proporcionando resultados mais precisos na confirmação de exposições ao agente no campo. Segue abaixo um resultado de soroneutralização realizada em um lote positivo e com sintomatologia clínica para metapneumovírus aviário:



Segundo Naylor, Britton e Cavanagh (2009), o metapneumovírus aviário apresenta quatro subtipos principais, com destaque para os subtipos A e B que são os mais frequentemente isolados em galinhas. Foi demonstrado em estudo uma resposta imune celular mais precoce em grupos vacinados/ desafiados pelo subtipo B, sendo esse com uma replicação mais predominante nos cornetos nasais e pulmões, comparado ao subtipo A. A resposta imune celular é de grande importância no controle da replicação viral no organismo, onde são ativados tanto linfócitos CD8, quanto a cascata de citocinas inflamatórias. Apesar de observarmos uma variação antigênica entre os subtipos, ambos oferecem uma boa proteção cruzada, importantes na resposta imune do lote pós vacinação (Cook J.A. et al, 2000). Importante ressaltar que além de um programa vacinal robusto para o aMPV, a integridade da mucosa do trato respiratório também favorece uma boa resposta imune inata e vacinal.


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Referências Bibliográficas:


  • Cook, J. K. A. et al (2000). Avian Pneumovírus infection of laying hens: Experimental studies, Avian Pathology, 29:6, 545-556.

  • Cook, J. K. A. (2000). Avian rhinotracheitis. Revue Scientifique et Technique, 19(2), 602–613.

  • Ball C. et al (2022). Avian metapneumovirus subtype B vaccination in commercial broiler chicks: heterologous protection and selected host transcription responses to subtype A or B challenge, Avian Pathology, 51:2, 181-196,

  • Jones, R. C. (2010). Avian metapneumovirus (Turkey rhinotracheitis). Revue Scientifique et Technique, 29(3), 343–354.

  • Naylor CJ, Britton P, Cavanagh D. Avian metapneumovirus infections. In: Saif YM, editor. Diseases of Poultry. 12th ed. Ames: Blackwell Publishing; 2009.

 
 
 

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